Olá,
O post de hoje é sobre o filme, "Quem somos nós" ( What the bleep do we know), lançado em 2004 nos Estados Unidos com direção de William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente.
A pergunta que nomeia o
filme, "Quem somos nós ?", traz uma série de dúvidas sobre as
questões mais profundas do ser humano e o universo ao nosso redor. Não há uma
única resposta, assim como não há uma verdade absoluta. O filme é uma mistura de documentário, com o
depoimento de cientistas falando sobre um olhar baseado em estudos misturado com a
história das complexidades de Amanda, a personagem principal.
O filme trata de
questões reais. Amanda é uma fotógrafa que estava presa ao seu passado. Ela se tornou uma pessoa marcada pelas imagens de um acontecimento
traumático em um momento anterior da sua vida: a traição de seu marido com
outra mulher deixou feridas profundas na sua vida. Encontramos também uma
personagem que não tem um papel claro na vida de Amanda, aparece como uma amiga ou irmã que mora no mesmo apartamento e a perturba constantes
vezes . Essa amiga da Amanda está presente na narrativa do filme para fazer um
contraponto com a figura da protagonista. Ela é uma pessoa livre, leve, que
vive sua vida de forma descontraída, do jeito que Amanda gostaria de ser. Ela
também é responsável por fazer uma projeção, questionar Amanda e ao mesmo tempo
estimular e motivar a personagem. É o oposto da protagonista.
A protagonista tem suas
experiências no presente restritas aos acontecimentos do passado. O passado é
como uma fotografia que ela sempre está revendo. Não gosta de ir a casamentos
porque isso desperta as piores recordações e acha que as pessoas vão repetir o
mesmo comportamento de seu ex- marido. Pode-se perceber que ela perdeu um pouco
a fé no outro devido as desilusões que sofreu .
O filme mostra que
existe algo nos outros que não conhecemos, as pessoas são muito diversas e
complexas. Temos muitos pontos em comum com pessoas que nem conhecemos. Há
pontos de identidades entre os indivíduos.
Amanda é vista durante
o filme como uma pessoa amargurada, com uma rigidez, traumas que não permitem que
ela veja além disso. Seu campo de visão estava limitado assim como a lente de
sua máquina que foca apenas aquilo que ela que ver e não todo o contexto que a envolve. O filme mostra em vários momentos a personagem revendo fotos.
Amanda precisa de medicamentos para aguentar a vida, se manter de pé, encarar a realidade. Ela deixava as coisas passarem, as oportunidades, como um trem que passa veloz.
Amanda precisa de medicamentos para aguentar a vida, se manter de pé, encarar a realidade. Ela deixava as coisas passarem, as oportunidades, como um trem que passa veloz.
O pensamento pode
modificar a nossa vida, tem um poder enorme sobre nós.
Há um momento de
ruptura no interior de Amanda. Ela passa a se amar em primeiro lugar, desenha
corações em seu corpo como uma forma de se libertar da visão distorcida e com
raiva que tinha antes. Ela se via de uma maneira negativa, como uma pessoa bem
mais velha do que era realmente e com um corpo deformado. Ela para de ver o mundo pela
lente de sua câmara. A fotografia prendia e o momento em que entrou na quadra
foi um momento de libertação. Ela deixa a mochila de lado com toda a sua carga
para apreciar uma sensação de liberdade, alívio .
Os cientistas explicaram
no decorrer do filme que há determinados comportamentos das pessoas que são
frutos de elementos físicos - químicos. Eles usam o termo vício para mostrar
como as diversas reações são provocadas, como a depressão e a alegria.
Percebemos que nada acontece
fora de nós que esteja dentro de nós mesmos. Devemos aceitar a nossa condição e
desejar compartilhar com o diferente. O papel da consciência também é
trabalhado no filme como o que há de mais profundo no ser humano.
Amanda precisava se reencontrar, vivia como se todos
os dias fossem iguais. Nesse ponto podemos relacionar com o pensamento de
alguns filósofos pré-socráticos.
Heráclito de Éfaso
dizia que as coisas estão em constante mudança, o homem e a natureza se renovam
todos os dias. Suas frases mais conhecidas revelam isso como, " O sol é
novo todos os dias" e " Para os que entram nos mesmos rios, correm
outras e novas águas". Ela precisava dessa renovação em sua vida e esse
momento se cristalizou nas últimas cenas do filme.
Devemos aprender a
contemplar o que está em nossa volta, essa é mais uma lição que o filme tem a
nos oferecer. Nos enganamos a todo momento, borramos nossa imagem e a imagem do
outro.
A física quântica
também está presente no diverso campo de debates do filme. Ideias inovadoras
são apresentadas . O observador não pode ser ignorado e as pessoas afetam a
realidade que vêem . Nós criamos a nossa própria realidade.
O pensamento e a
consciência não apresentam limites. Os personagens que compõem
a narrativa do filme revelam sempre alguma coisa de Amanda. Ao final do filme, aprendemos que o diferente pode somar na nossa experiência de vida
para sermos cada vez melhores.
Vejam o trailer do filme:
Beijos,
O Blog está cada dia melhor! Beijos
ResponderExcluirObrigada :)
ResponderExcluirAbordagem perfeita Juliana!
ResponderExcluirReforma íntima, constante, este éo segredo para uma vida melhor.
Parabéns e sucesso com o ótimo blog!
Muito Obrigada!
ExcluirAdoro esse filme,boa resenha!
ResponderExcluirO filme é mt bom mesmo, que bom que vc gostou da resenha :)
ExcluirÓtima resenha, parabéns!
ResponderExcluirObrigada !
ExcluirAmei, parabéns.
ResponderExcluirObrigada !
ExcluirNão entendo nada de física quântica, mas o filme parece super interessante mesmo assim! Valeu pela dica e ótimo texto, Ju!
ResponderExcluirhahaha eu tb não entendo nada mas gostei do filme! Obrigada!
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